"Inconscientes...
conscientes... o homem escolhe sua condição. Ele tem controle sobre si, ao seu
entendimento e interesse. E, foi assim, que me deram nova oportunidade de
reencarne. Bastava, eu, decidir o que fazer com todo conhecimento que
conquistei ao longo de minhas vidas." - dizia-me uma irmã do nosso lar
astral, que se despedia a caminho de sua nova vida.
"...
em minha existência passada em corpo físico, foi-me permitido ter de tudo:
dinheiro, fama, viagens e um ego explosivo jamais aceitando ser menos que
alguém. Mas, em espírito, eu tinha um grande desafio que era o de vencer todos
esses obstáculos que, aos olhos carnais, são conquistas e objetivos e, aos
olhos espirituais, eram as provas de transformação que eu precisava.
Sim,
precisava e não enxergava. E muitos ao meu lado, eu apenas olhava como pessoas
interessadas naquilo que eu possuía. Jamais as olhei em suas necessidades. E,
não apenas isso, eu também me satisfazia em saber que eu tinha mais. Eles
poderiam ter, mas não mais que eu. E, assim, desfrutei de um mundo físico
absoluto, mas não cumpri com meu objetivo de espírito, a caridade. E, tudo me
fora permitido para que eu me desapegasse, o que eu não fiz.
Em
meu retorno à condição de espírito, onde minha consciência verdadeira mostrou
minha avaliação pessoal, eu mesmo me reprovei. Pois nunca imaginei que um mundo
carnal repleto de tudo que se possa ter em conquistas, fosse me dar o
sentimento de aversão à ele, porque tudo me atrasou.
E,
nessa repulsa que eu mesma me criei, deparo-me com o momento do retorno. O
regresso ao mundo que me deu a possibilidade de regredir em minha evolução, por
minha própria escolha carnal.
Muito
me dói a consciência em ter sido inconsciente no passado. Minhas escolhas
carnais eram apenas para minha realização própria e não em prol daqueles menos
favorecidos, que eu poderia ter ajudado.
Minha
consciência dói, em saber que meu excesso passado poderia ter ajudado a muitos,
à pelo menos, ter tido um certo conforto moral em seus sofrimentos. E muitos
passaram por mim, e eu não enxergava. Olhava apenas meus próprios desejos. Tive
meu mundo pessoal que, afundou-me em minha trajetória.
Meus
votos, dessa vez, em pedido ao Supremo, é não me permitir que as conquistas
terrenas se aproximem de mim. Desejo uma vida de não mais excesso, e sim da
necessidade em ter, e não poder ter. Porque quando tive, só juntei e não
dividi. E, isso me coloca onde estou hoje.
Não
é o Senhor de tudo que define nossas vidas, e sim nossa própria consciência
adquirida aqui, em nossos retornos.
Hoje,
olho esta porta que estou prestes a ultrapassar sua entrada, e perder minha
consciência, e apenas desejo de coração que eu cumpra com minha missão
adequadamente, mesmo com todo sofrimento que pedi para passar. E, se não for desta
forma, não me transformarei. Porque já tive a oportunidade de evoluir repleta
de muito bem-estar, e apenas fiquei nesse bem estar. Agora, orgulho-me em poder
reencarnar e viver a dor da falta, da necessidade. Esse é o caminho da minha
mudança interior. E, muitos só mudam na dor. Porque o muito em se ter, muitas
vezes não permite olhar ao lado, e sim apenas a si mesmo."
Meu olhar não se movia ao ouvir as palavras daquela irmã. Que, consciente em espírito, havia não enxergado sua missão caridosa enquanto encarnada.
Retornou
ao mundo da Verdade, numa mistura entre plano físico e mundo espiritual.
Sua
consciência lhe dava a exata sabedoria de que não havia cumprido sua missão,
mas também lhe dava a esperança de correção em sua próxima vida carnal.
Viveu
por muito tempo na espiritualidade, e sua certeza de uma nova oportunidade lhe
dava forças para seguir em frente.
Ao
ser chamada à ala das reencarnações, seus olhos brilharam ao seu novo caminho.
Um caminho esperado, mesmo que ao abrir seus olhos físicos sua mente não teria
mais nenhuma recordação, sua coragem em vencer o mundo físico lhe preenchiam o
espírito em nova expectativa.
Porque,
meus filhinhos, mesmo que muitos não se recordam dos seus votos feitos antes de
reencarnar, tudo está gravado em cada memória espiritual. E, um novo desafio
carnal é motivo de grande alegria.
Seu
desejo em reviver no físico sem posses, lhe adiantariam o espírito, uma vez que
ao ter tudo o que a matéria pode lhe dar, não soube aproveitar.
Ter,
muitas vezes não é tudo. Não ter, muitas vezes é possuir muito mais do que se
possa entender.
A
consciência em espírito, é a verdadeira consciência. A consciência em físico, é
apenas uma confusão de sentimentos entre espírito e matéria.
Seja
Humilde por toda tua vida!
Psicografado
pelo médium Cláudio Delbiagi
Pelo
Espírito de Agnaldo Silveira
20/09/2023
Centro Espírita no Ipiranga - SP
Você é nosso convidado. Venha conhecer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário