Percebi que eu estava diante de um possível texto muito difícil de escrever, e logo de entender. Decidi, então, logo após o término daquele encontro, e em meu retorno ao dia a dia no mundo espiritual, procurar em nossa biblioteca ensinamentos que me levariam a acreditar que o homem pudesse, de alguma forma, estar ligado ao que de mais belo tem a natureza física. Li conhecimentos e revelações sobre reinos animais, da segunda dimensão e até mesmo à primeira dimensão me veio livros reveladores. Retornei meus pensamentos ao homem encarnado, e pude observar o quanto ele está ligado à natureza como um todo.
Vaguei, dias depois, pelo astral e atingi certa comunidade encarnada em determinado local das nossas terras. No físico, considerada uma família simples que, alimentava-se de suas próprias crias e plantações, observei-lhes a humildade de coração. E, é sobre essa simplicidade que me nasceram palavras a ser escritas. Num primeiro momento, não me vieram significados para digerir uma vida cosmopolita de uma vida rural. Percebi, que a possibilidade em se conquistar bens materiais, afasta o homem da humildade íntima, consigo mesmo. Logo, distingui o homem humilde do homem não humilde.
Durante a jornada corpórea, cada um segue seu caminho, porém, no retorno ao mundo espiritual, pós-vida terrena, vi que muito se atrasa o homem apegado às conquistas, e ao observar aquela humilde família, que nada possuía a não ser seu modo de sobrevivência, seus espíritos avistavam um caminho mais puro em seus desencarnes. Percebi, que cada um havia encarnado na condição necessária para sua transformação, e que ninguém estava fora do seu lugar. Aos olhos físicos, os mais glamourosos eram dados como alguém mais capaz, e os mais humildes como menos capaz. Porém, no mundo espiritual os humildes de coração haviam conquistados elevações superiores em comparação ao que mais tinham conquistado no físico. Percebi, o quanto o homem encarnado coloca seu coração nas suas conquistas: casas, carros, roupas, e até mesmo suas vaidades corporais. Percebi que tudo o que se conquista no plano terreno, são empréstimos dados ao merecimento de cada um, porém, haverá o dia da devolução. Claro, que essa devolução é a humildade que cada um desenvolveu durante sua vida física.
O humilde de coração, traz para dentro de si a natureza divina. Alcança degraus evolutivos inimagináveis, e até mesmo, alguns, libertam-se desse aprisionamento espiritual chamado ciclo das reencarnações. Esse desafio é intenso no mundo carnal, pois a todo instante o homem encarnado é rodeado por possibilidades encantadoras. Ao espírito, o encantamento desejado é o moral, e a humildade é a porta de entrada para a evolução. Sem humildade, não há perdão. Sem perdão, não há compreensão. Sem compreensão, não há amor.
Com a humildade é possível olhar que da mesma forma que seu irmão ao lado está errando, tu também está. E tu desejadas ser perdoado, então perdoe antes mesmo de deseja-lo para si mesmo. Com o perdão, é possível entender o que cada um passa, o que cada um vive e como vive. E a melhor forma de ser compreendido, é antes o fazê-lo com seu irmão ao lado. O amor nasce, e não digo o amor entre homem e mulher, mas sim o amor entre irmãos, amor entre os povos e as nações. Tudo isso, se não for iniciado em cada coração, observando a si mesmo, sendo gentil e carinhoso com aqueles que estão aos vossos lados, a humanidade não evolui. Sejam gentis, compreendam-se, perdoem-se.
Sejas humilde por toda tua vida,
AGNALDO SILVEIRA
Psicografado pelo médium Cláudio Delbiagi
Pelo Espírito de Agnaldo Silveira
14/5/2025
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14/5/2025
Centro Espírita no Ipiranga - SP
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