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18 junho 2025

Reflexão e conscientização: Uma irmã da luz em busca do desapego material em prol de sua missão espiritual - Parte 2

Já fazia algum tempo que eu estava imerso no silêncio da nossa biblioteca. Uma paz interna e uma quietude Espiritual que somente se encontra entre aquelas prateleiras sagradas. Foi quando recebi, em energia, um chamado do mundo físico. Logo, me conectei e senti que minha Irmã da Luz, me rogava a presença como no dia anterior. Em segundos, e logo seguido pelo próprio protetor daquela irmã, vibracionalmente, encaminhei-me à sua presença.

Ao chegar, encontrei-a  na mesma condição passada. Seu corpo físico dormia em seu leito, e seu espírito colocava-se sentado ao seu lado. Ela ao me ver, falou-me:

"Obrigado pela presença, meu amado Irmão da Luz. Perdoa-me a falta de sabedoria, mas senti o desejo de lhe chamar. Pois, nossa última conversa iluminou-me a mente."

Seu semblante era de muita tristeza. Ela dizia suas palavras observando seu próprio veículo terreno ao lado.

"Existe uma barreira entre minha mente física e minha consciência espiritual. Percebo que apenas nessa condição que estou agora, consigo enxergar meus erros."

Eu, após seu silêncio, lhe disse:

"Minha querida irmãzinha... tranquilize seu coração. Tua consciência física, muitas vezes, está exatamente nas condições que ela deve estar. Outras, não. São os desafios carnais que te são permitidos vivenciar. Tua consciência é tua evolução. Tuas ações, são o resultado da tua consciência. Se falhas, ainda é porque podes falhar, pois além de estar num mundo de experimentações, essa é tua transformação. Mas, algumas coisas te são esperadas a mais, porque tu és um espírito missionário. E, algumas atitudes te podem afastar de onde deves estar. Um passo de cada vez, porém sempre à frente, e não para o lado."

Silenciei minhas palavras, ao que minha irmã da Luz, permanecia pensativa olhando a si mesma em seu repouso carnal.

A calmaria daquela madrugada unida ao merecimento da minha irmã da Luz, permitiu-nos que ela me acompanhasse até nosso Lar Espiritual. Lá, levei-a a nossa biblioteca e a deixei confortavelmente sentada numa poltrona. Trouxe ao seu conhecimento um livro. Um livro Espiritual que continha sua história. Toda sua história. Avisei-a que dali em diante, quando ela quisesse, todas as noites em seu descanso carnal, ela poderia ir em espírito até ali, e aprofundar-se naquele livro, assim estaria imersa em si mesma. E, muitas situações de suas vidas anteriores lhes seriam mostradas para que ela mesma pudesse compreender-se a si mesma. Essas lembranças, aos poucos, seriam vividas por ela no físico, e ao despertar, ela teria apenas alguns sentimentos. Teria uma vaga lembrança que mexeria com suas intuições. Assim, poderia ter desejos em mudar algumas atitudes suas na vida carnal.

Ela, tomando o livro em suas mãos, emocionou-se. Sentiu estar frente a frente com sua própria realidade. E, dessa vez, sua realidade era a de espírito. Olhou-me em agradecimento. Eu mentalmente lhe disse: "agradeça ao Pai de tudo". Ela sorriu. Eu sorri de volta e logo seu protetor se aproximou lhe dizendo: "o dia físico amanhece, preciso te levar de volta".

Assim, ambos se retiraram e eu, ali permaneci. Busquei meu canto de sempre e me emocionei com todo aquele momento que eu acabara de viver. Um espírito de Luz, perdido no físico, mas que na verdadeira vida, a de espírito, era ciente de toda sua realidade. A vida carnal interrompia todo conhecimento que minha irmã tinha sobre ela. O dito véu do esquecimento, por muitos. E, sua consciência aflorava no plano espiritual. 

Ainda disse ela, antes de retornar para seu corpo.

"Lembro-me dos meus votos na ala das reencarnações. Lembro-me do que prometi antes de perder a consciência para vir a esta vida. Meu tempo se encurtou. E, aceito entregar o que conquistei na matéria para que eu me transforme. Porque sei que não estou cumprindo com minha missão nessa vida. Aceito não ter mais o meu sucesso físico e tampouco realizar meus sonhos terrenos. Envergonho-me de mim mesma, por ter uma matéria satisfatória e uma missão Espiritual imperfeita. Porque não cumpro com meu prometido. Minha consciência física ainda não percebeu e não assimilou isso tudo. Sei que somente o sofrimento e as dores poderão fazê-la enxergar minha caminhada."

Minha irmã da Luz curvou sua cabeça e chorou amargamente, em sua volta ao físico. Passava por um sentimento angustiado de si mesma. O quão difícil era perceber no mundo físico aquilo que precisava aceitar. Somente em espírito notava que a transformação física era através de um esquecimento de si mesma. Sentia-se num caminho sem saída. O dia clareava e logo minha irmã retornou ao seu corpo.

Seja humilde por toda tua vida, 
AGNALDO SILVEIRA
 
Psicografado pelo médium Cláudio Delbiagi
Pelo Espírito de Agnaldo Silveira
18/6/2025
 
Leia a Parte 1 desta palestra clicando AQUI

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