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17 outubro 2017

Trabalhadores da Última Hora

Não podemos começar a falar sobre esse capitulo, sem ouvir um trecho dele:

“O Reino dos Céus é semelhante a um homem, pai de família, que, ao romper da manhã, saiu a assalariar trabalhadores para a sua vinha. E feito com os trabalhadores o ajuste de um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.

E tendo saído perto da terceira hora, viu estarem outros na praça, ociosos. E disse-lhes: Ide vós também para a minha vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.

Saiu, porém, outra vez, perto da hora sexta, e perto da hora nona, e fez o mesmo. E perto da undécima hora tornou a sair, e achou outros que lá estavam, e disse: por que estais aqui todo o dia, ociosos? Responderam eles: Por que ninguém nos assalariou. Ele lhes disse: Ide vós para a minha vinha.

Porém, lá no fim da tarde, disse o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores e paga-lhes o jornal, começando pelos últimos e acabando nos primeiros.

Tendo chegado, pois, os que foram juntos da hora undécima, recebeu cada um o seu dinheiro. E chegando também os que tinham ido primeiro, julgaram que haviam de receber mais; porém, também estes não receberam mais do que um dinheiro cada um.

E ao recebê-lo, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes que vieram por último não trabalharam senão uma hora, e tu os igualaste conosco, que aturamos o peso do dia e do calor.

Porém ele, respondendo a um deles, lhe disse: Amigo, eu não te faço agravo; não convieste tu comigo num dinheiro? Toma o que te pertence, e vai-te, que eu de mim quero dar, também, a este último tanto quanto a ti. Visto isso, não me é lícito fazer o que quero? Acaso o teu olho é mau, porque eu sou bom? Assim serão últimos os primeiros e primeiros os últimos, porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos.” (Mateus, XX: 1 a 16)

Em princípio, sob o ponto de vista do encarnado, esta parábola nos faz ver uma grande injustiça, considerando as horas desiguais de trabalho e a mesma remuneração.

Partindo, porém, para o lado espiritual, temos de descobrir os ensinamentos que o nosso pai maior nos deixou, para quem tem olhos de ver e entendimento do contexto da sua missão.

Duas lições principais pode-se perceber nesta parábola.

A primeira, refere-se ao trabalho, que é considerado bom ou ruim, pelo resultado, pela maneira como foi feito, e não pelo número de horas gastos na sua realização.

Talvez o dono da vinha percebeu que os que trabalharam menos horas, trabalharam tão bem quanto os outros, ou melhor, daí achar justo pagar o mesmo salário.

Para o benefício espiritual do trabalho em quem o realiza, não vale o número de horas gasto nele, para avaliar sua qualidade, mas sim a dedicação, o amor, o prazer, a competência, a boa vontade com que ele é feito, ou seja, o modo como é trabalhado.

A segunda, refere-se ao uso do livre-arbítrio dos Espíritos na sua caminhada evolutiva através das reencarnações.

Os trabalhadores das primeiras horas são os Espíritos, que não souberam aproveitar as experiências vividas nas muitas reencarnações, e os chamados divinos ao seu desenvolvimento espiritual, demorando mais, cometendo mais erros e enganos, causando e recebendo mais dores e sofrimentos.

Os que trabalharam menos horas representam os que souberam fazer melhor uso do seu livre-arbítrio, no aproveitamento das experiências vividas, mais sensíveis aos chamamentos divinos, desenvolvendo-se em menos tempo, sem provocar tantos males, com menos dores e sofrimentos, suas faculdades espirituais, intelectuais e morais.

Sempre em todas as épocas da humanidade houve Espíritos evoluídos que reencarnaram na Terra para trazer esclarecimentos novos a fim de auxiliar o progresso dessa humanidade.

Assim, todos foram e continuam sendo chamados a viverem as leis divinas, mas, nem todos são escolhidos, porque muitos não atenderam e continuam não atendendo ao chamamento, permanecendo ainda presos aos valores materiais, necessitados, portanto, de mais reencarnações em mundos como a Terra, ou em inferiores.

Todos, porém, em mais ou menos tempo, com mais ou menos sofrimentos, todos os que compõem a humanidade da Terra, aqui ou em outro planeta, chegarão ao seu destino, que é o da perfeição e da felicidade, conforme disse o pai maior: “E a vontade daquele que me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu.” ( João, 6:39).

Na frase: “Assim, serão últimos os primeiros e primeiros os últimos...”, está bem evidenciada a ideia de que todos os Espíritos, todos os homens viverão no Reino de Deus, onde terão a vida plena de sabedoria, de amor, de perfeição e de felicidade, para a qual foram criados.

Psicografado pelo Medium César Kretly
Pelo Espírito de Bernardo
Data da psicografia: 09/10/2017

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