Uma visita a casas espíritas

Partimos do mundo astral em direção ao físico terreno, alguns protetores da Luz, três irmãos desencarnados, e eu.

Estes espíritos, cada qual em sua antiga condição de espíritos encarnados, fizeram parte de três casas espíritas existentes no plano carnal.

Saímos do astral sublime do nosso Lar e entramos na densa energia física nos direcionando ao primeiro lar. Em meio àquela consistência energética observamos um pontinho iluminado, o qual atraindo-nos em sua energia, e por ser nosso objetivo, encontramos o lar espírita usual de um deles.

A sessão já havia se iniciado e logo fomos recebidos pelos Irmãos da Luz, que comandavam aquele lar, unidos aos seus médiuns. Percebemos incorporações perfeitas, onde cada médium doava seu veículo carnal ao seu guia, e assim cumpriam suas missões no auxílio aos frequentadores que buscavam acalentos para suas necessidades físicas.

O Luz envolvia a todos numa projeção astral brilhantes trazendo respostas positivas e adequadas sobre o que cada um buscava.

Fomos levados em todos os aposentos e observamos a seriedade daquele lar espiritual. Sua ligação com uma cidade Astral permitia toda veracidade em cada dedicação caridosa.

O irmãozinho que nos acompanhava emocionou-se ao visitar o lar espírita que o acolheu em sua vida terrena.

Agradecendo toda recepção, partimos pelo astral ao segundo lar, do outro irmão que nos acompanhava.

Chegamos à uma camada um tanto fosca. Havia a Luz, porém algo não permitia aquele trabalho. Olhamos o astral, e vimos sua ligação com outra cidade etérea. Também era da Luz, porém o esforço dos guias, mentores daquela casa, era intenso ao encontrarem no físico a vaidade daqueles que se diziam médiuns. Esse era seus desafios, vencer seus egos e abrir suas consciências a respeito da Verdade Astral.

Os médiuns, não conectados com seus guias, davam consultas e realizavam tratamentos segundo suas vontades. Os guias, lutavam em se aproximar deles, vencidos pela energia magnética que cada um emanava dos seus corpos astrais por tanta vaidade.

Os necessitados que ali estavam em busca de soluções para seus problemas, não recebiam o tratamento adequado e, muitos, iam para suas casas insatisfeitos, e não percebiam tal condição.

Médiuns interferiam no esforço do guia que, ao tentar conectar-se com ele, não encontrava sintonia propícia para suas comunicações.

Nos aproximamos de um médium que, com uma caneta na mão, escrevia em folhas e mais folhas, palavras de sua cabeça, no campo astral víamos o espírito que supostamente estava lhe transmitindo aquelas escritas, impossibilitado da conexão entre eles pela energia vaidosa emanada do médium.

Ele nos viu e aproximando-se nos disse:

"Meus caros, como é difícil limpar essa energia egocêntrica. Veja o médium, pensa estar escrevendo o que eu lhe digo, porém estou aqui com vocês e ele permanece escrevendo. Nossa missão é essa conexão com eles, até que vençam suas vaidades. Olhamos por aqueles que buscam o acalento, pois eles não podem sofrer essa consequência por vaidade de outros."

Retirou-se, voltando ao seu habitual trabalho.

Nosso irmãozinho que fizera parte daquele lar, teve a compreensão de muitas situações que ali vivenciou enquanto encarnado.

E, assim, logo estávamos de volta ao campo astral rumo ao terceiro lar espírita.

Corrijo-vos...

Um lar envolvido com o astral que se denominava ser um lar espírita.

Não existia nenhuma cidade astral em conexão aquele solo. Contrário a isso, estava localizada no que etereamente era um lugar escuro da quarta dimensão. Uma mistura de vale dos sofrimentos e espíritos maldosos mostrando-se ser espíritos da luz.

Esses espíritos, dominavam os chamados médiuns e ministravam palavras incompatíveis à realidade espiritual, induzindo aos que procuravam ajuda ter entendimentos errôneos sobre a vida espiritual.

Assim que nos perceberam a presença, davam ordens para que nos retirássemos. Nós, envolvidos pela proteção da Luz, permanecemos ali por um tempo, observando seus feitos.

Realizavam oferendas, utilizavam-se de bebidas e consumiam tabaco. Preocupavam-se com seus desejos ignorando toda necessidade de cada pessoa que ali buscava ajuda. Mexiam com a fé das pessoas que, muitos em baixa frequência da realidade espiritual, entregavam suas confianças aqueles espíritos que dominavam o médium.

Retiramo-nos retornando ao nosso Lar, com o aprendizado necessário aos nossos estudos.

Filhinhos...

O Criador, em sua perfeição, permite estas condições narradas para que todos evoluam e encontrem suas realidades com a Verdade Cósmica.

Ao olhar Supremo, ninguém está fora do seu caminho. Uns, compreenderam mais que outros, porém todos estão iguais no processo evolutivo. Um precisa do outro, como exemplo, para suas evoluções.

Para se subir uma escada, os passos devem ser degrau por degrau. Caso oposto, pode-se tropeçar e ter que recomeçar do início. Essa é a consciência adequada. Não há pressa ao entendimento. E todo degrau é fundamental para a consistência evolutiva.

Pior é a condição de espírito estagnado evolutivamente.

Pior é o desperdício baseado na vaidade.

Uma vaidade independente de ser do médium ou daquele que busca.

A evolução é igual para ambos.

Ao olhar Supremo, todos estão nessa busca.

Ninguém é colocado acima do seu irmão.

A humanidade se perdeu devido ao seu egoísmo, ao seu desejo de consumo material, ignorando toda possibilidade de possuir uma vida espiritual enquanto encarnado.

Porque a verdadeira vida é em espírito, e no físico tudo passa.

Mas muitos não enxergam, desejam viver o terreno acreditam no "eterno enquanto dure".

Não está errado, porém muitos colocam nisso seu coração.

Há de ter-se o equilíbrio. Nem a um, e nem a outro.

Pois cada degrau desse caminho chamado de "evolutivo", tem sua importância em cada consciência.

Cada degrau possui sua sabedoria, o seu conhecimento suficiente para cada um.

Sejas humilde por toda tua vida

Psicografado pelo médium Cláudio Delbiagi

Pelo Espírito de Agnaldo Silveira

26/06/2024

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