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29 outubro 2025

Santificado pelo homem, humilde e simples pelo mundo espiritual

"Acorde... levante teu espírito." - Disse eu.

"Ao clarear do Sol, te levarei ao teu portal reluzente. Aquele mesmo que, há milênios, te trouxe a esta Orbe, onde teve início tuas missões terrenas. Fecharás teus olhos e serás guiado pelas minhas palavras. Verás o que jamais viste, sentirás o que jamais sentiste e saberás o que nunca soubeste. Iremos somente nós, e em tuas lembranças te recordarás, em teu merecimento, durante tua vida terrena. Saiba, agora, que 'elos' quebrados não dão vida, e a força da natureza justa não se realiza. Tudo ao seu tempo.

Meu único e amado Irmão da Luz, incomparável a qualquer outro em meu sentimento, dele vem meu crescimento. Saiu do seu corpo e logo atingimos o campo astral, um longínquo campo astral. Para nossos espíritos, estávamos retornando a um passado distante, e para o físico era apenas um sonho.

De toda forma, lá estávamos. Pousamos nossos olhares nos velhos e costumeiros vilarejos, levitando até um imenso castelo espiritual, onde, no campo terreno, era uma imensa igreja. Descemos por entre paredes físicas e espirituais, simultaneamente, e logo nos encontramos com o corpo material do Santificado, perpetuado.

Assim é no mundo terreno, Santificado, e apenas mais um Ser de Luz do mundo espiritual. Venerado, amado e desconhecido em sua Verdade Cósmica para o mundo físico. Porque muitos não sabem e não creem no chamado 'improvável'. E, ali, seu corpo fora guardado eternamente, onde muitos derramavam suas lágrimas e depositavam suas esperanças em uma crença cega. E nós, naquele frio e escuro local terreno, recebemos aquela Santidade em espírito, assim como estávamos."

Sua Luz ofuscaria qualquer visão, e para nós trouxe um alívio inexplicável. Inexplicável porque ali tudo era inexplicável; tudo era movido pela fé, pelo invisível. Maravilhosamente, estávamos de volta ao Castelo Espiritual. Uma fronteira entre o desconhecido e o costumeiro. Gigante por sua magnitude, dourado por sua essência. Contornos violetas por seu poder. Não um poder de força, mas por pertencer à vibração Cósmica. Estávamos de volta a um sentimento verdadeiro e eterno, como se tivéssemos voltado para nossa essência, a nossa casa.

Passamos por sentinelas, espíritos de alta elevação que jamais provaram do físico e que cumprem suas missões muito além do conhecido amor. Cruzamos um aromático jardim, colorido por sua esplêndida natureza, e atravessamos uma ponte sustentada por um refrescante riacho que fortalecia sua beleza.

Logo, encontramos muitos grupos divididos em números de sete e onze que, sentados em círculos, tonificavam a cor violeta, emanando de suas cabeças ao universo, unidas ao Divino.

Um silêncio absoluto. Um cenário impensável à mente carnal. Ao fundo, fomos levados por mensageiros que circulavam por ali a todo instante a um pequeno altar dentro de uma espécie de igrejinha; não pude perceber exatamente o que era. Ali, nos aconchegando, recebemos a visita de um senhor muito simples, trajado apenas com uma túnica branca e um cajado em sua mão.

Sorrindo, nos disse:

"Poucos são chamados, porque poucos veem de coração. Poucos são chamados, porque poucos entendem o verdadeiro significado. Muitos vieram, e ainda virão, e poucos encontrarão o verdadeiro reino."

Ao falar, fui envolvido por uma Luz que ofuscou nossos olhos. Nunca havia presenciado tal energia. Ainda busco palavras para traduzir para o papel.

Prosseguiu:

"Tenho conhecimento da ciência dos poucos que passarão por aqui. Porque muitos vêm em nome do Senhor, e poucos lhe dão seus corações. Porque em cada canto do Universo, alguns têm seus nomes nas árvores frutíferas. Estes edificarão o amor, enquanto outros que aqui chegam destroem o verdadeiro amor. Estes edificarão conhecimentos, levando aos que lhes são iguais o mesmo saber, enquanto outros que aqui chegam não honram o que lhes vai em sabedoria. Estes edificarão vibrações, porque eles são vibrações adequadas para a sustentação da humanidade, e outros apenas verão tudo sentados em suas ignorâncias.

Unidos à energia do céu e à vibração do solo, é criada uma egregora onde os poucos merecedores são selados com a purificação de vossas almas; apenas estes. Os outros, até mesmo inconscientes, farão de tudo para que os poucos aqui não estejam. De uma forma ou outra, tudo é observado, e grande responsabilidade passa a existir, dessa vez, para todos. Cada um naquilo que plantou."

O Senhorzinho, de túnicas brancas e cajado nas mãos, levantou-se e, postando-se à nossa frente, continuou:

"Este é meu símbolo" — nos esticou seu cajado — "... a cada um tome sua própria cruz e realize suas missões. Porque elas pertencem adequadamente aos seus benfeitores. Não pises em solos sagrados para destruir seus significados. Purifique-se em teu espírito. Purifique tuas palavras e tuas atitudes. E aí sim busque tua jornada."

Ele virou-se e se retirou. Suas palavras haviam sido amorosas; porém, meu amado irmãozinho e eu não tínhamos compreendido de imediato seus significados. Subitamente, sem que percebêssemos, estávamos de volta ao dormente corpo Santificado. Olhamos com mais nitidez e notamos que o senhorzinho que nos havia dado suas palavras era o Santificado, em sua própria imagem de espírito. Não estava sentado em tronos ou com coroa de ouro na cabeça. Não pertencia a Reinos Sagrados, vendidos pelo homem como milagreiro. Sua energia era sustentadora de todo um trecho do físico, e seu poder nada mais era que a força da humildade. Muitos o tinham como o Santo capaz de realizar prodígios, e seu maior ensinamento era a simplicidade de coração. Assim, fizemos o caminho de volta, e meu irmãozinho, pelo fato de estar ali em desdobramento, já adormecia devido à conexão com o físico. Levamo-lo até seu veículo terreno e retornamos ao nosso lar.

Sejas humilde por toda tua vida,
AGNALDO SILVEIRA

Psicografado pelo médium Cláudio Delbiagi
Pelo Espírito de Agnaldo Silveira
29/10/2025


Colônia Fraternal Bom Jesus
Centro Espírita no Ipiranga - SP
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22 outubro 2025

Sejas humilde: A humildade como essência da vida espiritual

A humildade está dentro do teu coração. Está no teu semblante, no teu sorriso e não no teu silêncio perante o mundo. Está no teu gesto de amor com teu próximo. Ser humilde não é doar teus valores ou bens aos outros; é doar-se de coração apenas por doar-se. Ser humilde não é usar roupas simples ou velhas, andar de chinelos ao invés de um lindo calçado. Ser humilde é reflexo do teu interior e dos teus pensamentos, do teu modo de ser, no trato com teu irmão ao lado. Ser humilde é ser gentil, não ter soberba, não ter arrogância. É saber falar com amor sem se colocar acima de ninguém. Humildade é a compreensão exata de toda a Verdade, seja ela física ou não. Ela nasce em cada espírito, se perde nas vidas terrenas e renasce com as idas e vindas ao plano carnal. Nas lutas, nos resgates, na dor e até mesmo na alegria, ela ressurge e transforma qualquer espírito disposto à mudança.

Onde não há amor, não há humildade. Onde há brutalidade, não há formosura. Onde há aspereza, não há graciosidade. Sejam isso: graciosos, formosos e amorosos. A delicadeza é dada pelo amor. A compaixão é dada pelo amor. A graça é dada pelo amor. Sem amor, não há humildade. Sem o verdadeiro amor, não há humildade. Sem o amor fraternal entre irmãos, não existe humildade. Ela mora no afeto, no carinho, na amizade e na benevolência, na generosidade e na caridade. A humildade está no amor sincero ao próximo, no desejo incondicional de ajudar a quem for. Humilde não é pensar ser humilde; é apenas ser humilde. Ela está nos teus atos de coração, não em atos voltados ao desejo pessoal. É compreensão, aceitação e evolução. É consciência, afeição e elevação. O enriquecimento espiritual leva à humildade. O adiantamento moral leva à humildade. O desenvolvimento espiritual conduz à humildade.

Porque o crescimento dá a sabedoria, e nessa ciência observa-se que ninguém é mais que ninguém. Percebe-se que todos estão numa faixa de fortalecimento iguais entre si. Uns à frente, outros mais atrás, e um precisa do outro; caso contrário, não estariam neste Globo. Ser humilde é entender que tu não és mais que o maldoso, o pobre de espírito e o mal-intencionado; isto é apenas um estado de consciência.

Sejas humilde para entender que tu és como todos.

Sejas humilde ao acordar e ao deitar-se, todos os teus dias.

Sejas humilde todos os teus instantes, em todas as tuas alegrias e tuas dores.

Sejas humilde por toda a tua vida.

AGNALDO SILVEIRA

Psicografado pelo médium Cláudio Delbiagi
Pelo Espírito de Agnaldo Silveira
22/10/2025

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Colônia Fraternal Bom Jesus
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15 outubro 2025

A capacidade de alcançar o amor e o perdão através da essência espiritual

Caminhava, eu, pelo desconhecido. Não sabia ao certo se meu espírito havia retornado há tempos passados ou qualquer situação semelhante. Tentei me encontrar entre um povoado e outro. Tudo era igual ao de tempos atrás. Minha intuição me mostrava que meus sentimentos haviam regressado em dolorosas memórias, e meu tempo de existência era o mais atual possível.

Senti uma mistura de amor com medo. Sim, pela primeira vez em minha condição de espírito, experimentei o medo. Não era um temor de algo astral ou qualquer situação no mundo escuro, era um temor interno onde eu não encontrava nenhuma saída para meu sofrimento. E não era um sofrimento doloroso; era uma mistura de perda eterna com algo sem nenhuma solução.

Permaneci por entre aquelas vielas, tentando achar, no tempo das existências, alguma forma de poder voltar mais ainda naquele tempo. E, cada vez que eu queria retornar na história, meus sentidos me colocavam à frente, num futuro vazio.

Avistei uma pequena igrejinha e, ao entrar nela, sentei-me no primeiro banco que vi. Seu aspecto lembrava-me Jerusalém, onde a conheci apenas em espírito. Ali, estava eu também em espírito; porém, ouvi o cântico de três formosas freiras entoando suas preces em forma de coral, e ao fundo um órgão lhes dava o tom.

Lembrei-me de alguns cânticos gregorianos que já havia ouvido, e logo uma delas percebeu minha presença. Possivelmente, tinha seus canais abertos e, assim, sorriu-me como a receber-me em seu espetáculo pessoal.

Eu me ajoelhei em frente ao banco e, fechando meus olhos, permiti que aquele cântico dominasse meus sentidos. Quando voltei a mim, notei que as três se retiravam altar adentro. Uma delas ainda olhou para trás e despediu-se sorrindo. Eu não sabia bem ao certo o que estava fazendo ali; apenas sei que o bem-estar que me foi proporcionado foi magnífico.

Logo, notei que, por entre os pilares que ali cercavam, mostrou-se um espírito. Enfim, alguém na mesma condição que eu. Ele aproximou-se, ajoelhou-se ao meu lado e fechou os olhos. Fez uma linda prece e silenciou-se, recuando ao banco atrás.

Eu o acompanhei. Dizia ele:

"Os cristais se quebram, mas sua energia permanece intocável. Sua essência não se rompe como seu físico. Ela apenas se ofusca, mas permanece intacta."

Aquelas palavras mostraram exatamente meus sentimentos. Meus olhos marejaram, e notei que aquele espírito havia se retirado. Levantei, fiz o sinal da cruz para a Santíssima Imagem do altar e me retirei.

Na porta, outros dois irmãos da Luz me aguardavam. Caminhamos pelo lado de fora, e logo me foi mostrada toda a verdade que partiria meu coração. Espíritos desistem de si mesmos porque sempre se confundem em seus sentimentos. O sono da vida terrena traz certo perigo para os espíritos que nela chegam. Porém, tudo continua e sempre há a possibilidade de reconhecimento.

Olhei pela última vez para dentro da igrejinha, antes de partir, e um maior sentimento me dominou: o perdão. Se todos entendessem o seu verdadeiro significado, os tempos seriam outros.

Meus dois irmãos da Luz eram dois alicerces que eu tinha no mundo iluminado. Eles carregavam livros espirituais com muitas páginas a serem escritas. Textos a serem redigidos, e toda aquela energia de onde estávamos era o que todos eles precisavam para cumprir suas obras.

Eu estaria com eles o tempo todo, e nós, juntos, estaríamos redescobrindo que todo cristal é inquebrável. Nossas decepções, que nos davam aquela dor, seriam transformadas em alegrias. Porque o tempo passaria, e o perdão é capaz de retornar para dentro daquela pedra preciosa todo o amor que a envolvia por muitos séculos.

Quem quer mudar consegue. Quem quer abandonar velhos hábitos pode fazê-lo. Ninguém é escravo dos seus costumes. Mesmo que tu estejas trincado por fora, tua essência ainda é digna do teu brilho. Seja um novo cristal a cada dia, mas seja de verdade.

Dali, continuamos a nossa jornada...

Seja humilde por toda tua vida,
AGNALDO SILVEIRA

Psicografado pelo médium Cláudio Delbiagi
Pelo Espírito de Agnaldo Silveira
15/10/2025
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Colônia Fraternal Bom Jesus
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